Uma das ferramentas essenciais na Magia de Conjuração Cerimonial é a varinha. Este instrumento Mágico é o prolongamento das ordens de comando do Mago sobre as entidades que são conjuradas. As Clavicula Salomoni, prescrevem vários materiais para a sua realização. Hoje em dia possuo dois tipos de varinhas, uma para as Artes Negras feita de Ébano e outra feita de Aveleira para outro tipo de entidades e de trabalhos.
Neste post vou mostrar uma das primeiras varinhas que fiz, que foi durante a mesma altura da realização do Círculo Mágico que aqui já mostrei.
Esta varinha foi feita por mim há já vários anos, quando me iniciei nas Artes. Para isso não precisava de algo muito trabalhoso e dispendioso, quem começa a aprender deve começar por ferramentas simples. Da mesma maneira, algum aluno que comece a aprender um instrumento em concreto, começa por instrumentos mais baratos e só depois é que irá adquirir e usar instrumentos mais precisos e valiosos. Apesar de tudo, esta varinha foi me de grande utilidade e ainda a conservo apesar de lhe ter deixado de dar uso.
O modo de preparação é simples, fui a uma loja que vendia bengalas e pedi para comprar a estrutura básica de uma bengala em pinho com cerca de um metro de comprimento sem punho. Depois levei a bengala a um marceneiro e pedi que fizesse uma peça simples em madeira para servir de punho. Se não estou em erro o total que gastei foram 20€.
Depois segui o Rito segundo a Arte de Trithemius, mas em vez de colocar o «Ego alpha et omega» como expliquei no Post do Círculo Mágico decidi incorporar a palavra «Azot» à volta da varinha, para significar a mesma coisa, mas de forma mais pura. Uma vez decidido o esquema do que iria fazer marquei tudo com lápis e gravei a quente, tendo aplicado depois no fundo da gravação uma tinta prateada. Terminei o trabalho passando com verniz e pregando de forma simples com um prego o punho à estrutura da bengala.
Escusado será dizer que todos os materiais necessários, desde o prego, a tinta, a máquina para gravar a quente, o lápis e até o martelo que usei para pregar o punho foram todos aspergidos, fumegados e purificados segundo o ritual da Clavicula. Porém, o esquema de consagração que se seguiu uma semana depois da elaboração da varinha, que a partir daí deixou de ser bengala, foi o Rito segundo a Arte de Trithemius.
Já há muito que deixei de usar esta varinha. Ela é boa para iniciação, e não foi uma ferramenta mágica que tenha saído cara a sua realização. Além do mais, é algo de fundamental que nenhum Mago pode dispensar. Hoje possuo duas diferentes, mas para alguém se iniciar esta serve bem as suas funções.
Sem comentários:
Enviar um comentário