18.2.13

Amarração ou Amarrações : Feitiço e Magia do Amor - Tudo aquilo que precisa de saber (Parte 12: Os Casos Raros e Especiais da Amarração - Magia do Amor)

Tendo em mente o conteúdo dos últimos posts poderemos agora avançar para casos mais complicados. Toda a informação que tenho vindo a explicar estará presente de forma mais desenvolvida nos livros que estou a escrever. Mas penso ser importante agora falar dos casos mais complicados e complexos.

Até agora temos visto como se processam as Amarrações de forma linear, em ordem a melhor compreender o que é uma Amarração ou Magia do Amor, e como ela funciona. Agora será importante introduzir mais algumas variáveis.

Da minha experiência são mais as variáveis que não sabemos do que aquelas que sabemos. Regra geral, as variáveis que não conhecemos não causam grande transtorno e podem ser facilmente ultrapassadas mas infelizmente nem sempre é assim. Por causa disto este post vai abordar os casos especiais, isto é, os mais complicados e complexos que vou dividir em 8 categorias que vão ser sucessivamente abordados:
  1. Quando o Alvo é altamente influênciado por uma pessoa amiga ou familiar e que pode comprometer a Amarração;
  2. Quando o Alvo já se encontra numa relação amorosa que tanto pode ser um namoro ou um matrimónio com uma terceirra pessoa;
  3. Quando ou o Alvo ou o Comendador ou mesmo Ambos foram víctimas de algum tipo de trabalho, tanto à relação como à própria pessoa;
  4. Quando o Alvo ou o Comendador se encontram enquadrados dentro do plano das Entidades;
  5. Relacionado com o último ponto, quando o Alvo ou o Comendador são Vocacionados;
  6. Quando o Alvo sofre de algum problema ou desordem mental e psicológica;
  7. Quando ou o Alvo ou Comendador se encontram numa situação muito rara;
  8. Quando é «Sem Causa Procedente»

(1.) e (2.)

Então, em primeiro lugar vamos considerar que o Alvo encontra-se sempre como qualquer pessoa neste mundo numa teia de diferentes relações, onde entre elas encontra-se a sua relação com o Comendador. Fiz este diagrama simplista para exemplificar:

Diagrama da teia de relações em que se encontra o Alvo. As setas de diferentes tamanhos são abstrações dos diferentes tipos de vínculos que o Alvo mantém com as pessoas que o rodeiam.

 Agora, será importante considerar que os casos mais complexos dizem respeito a quando esta teia de relações, a saber, o contexto único em que o Alvo se encontra pode ser um obstáculo ou uma dificuldade ao processo de Amarração. Vamos agora considerar os seguintes casos:

Diagrama da influência por parte de alguém com forte vínculo ao Alvo para prejudicar uma relação, ou ser obstáculo à mesma. Clique no Diagrama para fazer zoom.
Diagrama de quando o Alvo já tem uma relação amorosa forte ou quando está atraido e deseja uma relação amorosa forte com uma terceira pessoa.
  1. Quando o Alvo é influenciado ou tem um vínculo forte com alguém que pode ser um obstáculo à Amarração. Estes casos são mais frequentes de acontecer quando alguém perto do Alvo podendo ser um familiar próximo (exemplo o Pai ou a Mãe ou até algum irmão, etc.) procuram influenciar negativamente o Alvo na direção do Comendador.
    Também pode acontecer que essa influência negativa pode advir de algum amigo(a) que exerça pressão de alguma forma que tanto pode ser no sentido de afastar o Alvo do Comendador como pode ser de o querer aproximar de outra pessoa.
    Um caso frequente costumam ser aqueles «amigos» que procuram influenciar o Alvo na direção da pessoa A ou B.
  2. Quando o Alvo já tem uma relação amorosa forte que tanto pode ser com um namorado(a) ou se o Alvo já se encontra casado, ou então se o Alvo se encontra atraído por uma outra pessoa.

Estas situações podem dificultar o processo de Amarração, mas como já expliquei cada caso é um caso. Em qualquer uma destas situações a Entidade procurará começar por minar e diminuir a esfera de inflûencia sobre o alvo que têm estas pessoas.

Diagrama da dificuldade colocada à Amarração pela Esfera de Influência a que o Alvo possa estar sujeito. Quanto maior a área do círculo maior a dificuldade. Clique para Ampliar.


Por causa disso, e seguindo o lema que já expliquei num outro post: «Fazer o Máximo com o Mínimo». Ou seja, em muitos casos não é preciso sequer fazer um trabalho anterior a este e na amarração simples a entidade consegue superar essa situação, é claro que isto não dispensa as anteriores variáveis como a própria projecção de força no trabalho ou uma entidade mais superior.

Contudo, nem sempre é assim, nos casos que possam parecer mais difíceis, temos duas opções:
  1. Ou reforça-se o trabalho projectando mais força nele, ou então apostando numa Entidade Superior;
  2. Ou para se ter uma garantia superior do sucesso do mesmo procede-se à realização de um trabalho anterior ao de Amarração com o intuito de cortar aquele cordião umbilical que liga o Alvo das influências que podem comprometer o trabalho.
Este trabalho com vista a (2.) pode ser feito de diferentes modos e de diferentes tipos, tanto pode ser algo simples como um mero desmancho ou envenenamento da relação que o Alvo mantém com pessoa X. Ou então pode ser algo mais complexo e superior que passa não só pelo afastamento mas pela criação de um hiato entre essas pessoas. Geralmente este último procedimento é recomendado quando a esfera de influência entre a pessoa X e o Alvo é muito grande.
Então um trabalho de Amarração entre Comendador e Alvo que esteja sujeito a estas variáveis pode encontrar a necessidade da realização de 2 trabalhos para melhor se alcançar o fim a que se pretende.


(3.) Quando ou o Alvo ou o Comendador ou mesmo Ambos foram víctimas de algum tipo de trabalho, tanto à relação como à própria pessoa;


Contudo, dentro dos casos especiais existem ainda uns mais complicados e delicados para se lidar.

Entre esses acontecem casos em que ou o Alvo ou o Comendador foram previamente victimas de algum tipo de Trabalho. Dentro desta categoria já vi muita coisa e vou agora mencionar os principais:
  1. Quando o Comendador e o Alvo tinham uma relação forte e esta foi desfeita com recurso a um trabalho;
  2. Quando o Comendador e o Alvo tinham uma relação forte e esta foi desfeita com recurso a um trabalho, e uma terceira pessoa Amarrou-se ao Alvo (similar àquilo descrito em cima mas desta vez o Comendador e Alvo encontram-se em lados opostos);
  3. Quando o Comendador ou o Alvo não têm uma relação forte mas algum deles foi víctima de algum trabalho. É importante ter em conta não só o tipo mas também a força desse trabalho, podendo encontrar-se algum destes:
    1. Imprecação;
    2. Maldição;
    3. Contaminação;
    4. Pregação;
    5. Cessação;
    6. Forma menor de Possessão;
    7. Desmancho;
    8. Amarração;
    9. Diminuição;
    10. Altercação;

Mesmo nestes casos às vezes basta apenas a Amarração para a coisa funcionar e o Comendador alcançar o que pretende seguindo o lema: «Fazer o Máximo com o Mínimo», outras vezes é necessária outra abordagem.
A abordagem mais comum nestes casos, e volto a recordar que «cada caso é um caso», passa por começar por retirar os obstáculos, nestes casos seria necessário limpar aquilo que previamente foi feito. Este tema dará uma série de posts em que mais à frente explicarei como isso se processa, mas por agora irei resumir que devem seguir-se três passos:
  1. Identificar o problema, esta identificação passa por saber em concreto o que é que foi feito;
  2. Relacionado com o ponto anterior, e caso se verifique haver algo, saber o nome da Entidade responsável por aquilo que foi feito (devo salientar que apesar de ser possível saber a proveniência do ataque, nem sempre isso é possível)
  3. Sabendo o que foi feito e a Entidade empregue para tal, remover a Entidade. Ao contrário do que o senso-comum pensa isto não é uma luta entre Entidades. Ou seja, entre as entidades não existem lutas como se de um videojogo se tratasse, aquilo que pode acontecer é uma espécie de licitação que pode ser resolvida de dois modos:
    1. Saber o que a Entidade Hostil pretende para parar de fazer o que está a fazer ou para desmanchar o que foi feito, trata-se então de oferecer mais do que aquilo que foi previamente oferecido;
    2. Ou, procurar uma Entidade topo de hierarquia superior em ordem a dar comando de suspensão do trabalho que havia sido feito
Com respeito a isto, convém atender o que anteriormente foi dito sobre o escalonamento hierárquico das Entidades.
Uma vez com aquele procedimento realizado pode-se então concentrar-se no trabalho próprio da Amarração ou Magia do Amor.


(4.) e (5.) Quando o Alvo ou o Comendador se encontram enquadrados dentro do plano das Entidades, e quando um deles é um Vocacionado


Outro caso ainda especial e mais raro é quando Alvo ou Comendador se encontram de alguma maneira ou forma dentro dos planos das «Entidades». Bom este é um tópico polémico e de díficil explicação. De forma muito rara e sem saber muito bem o porquê e o como, nós vivemos dentro desta enorme «trama», alguns preferem «tragédia» da própria existência. Este tema enquadra-se mais dentro da interação e relação das Entidades connosco, do que própriamente dentro das «Amarrações». Este brota de um mistério quase tão antigo como a própria humanidade, se observarmos a própria Magia teve origem quando o homem começou a compreender de forma revelada esta nova dimensão da sua existência e da sucessão de interacções.

Foi muito em parte devido a esta interação que as «Entidades» viram-se enquadradas na nossa cultura, e na nossa tentativa explicativa de as compreender e melhor entender, nos paradigmas religiosos de então.

Qualquer um de nós na «Cultura Ocidental» (vou dizer assim para simplificar), estou influenciado pela narrativa «Ocidental», influenciada por si na «nossa tradição religiosa», que nos informa de que as «Entidades», de sua designação cultural e popular como «Demónios», que têm nome de origem Grega, mas cujo nome perdeu o contexto de inteligibilidade que lhe conferia sentido, vêem ao mundo pelo facto de se terem revoltado contra Deus (sendo que este «Deus» é concebido segundo a nossa tradição religiosa ocidental), pelo que cairam no «Mundo» e, que por sua vez, vieram habitá-lo connosco e desde então eles «governam o mundo», pelo que toda a sua acção no mundo visa «afastar os homens da verdadeira adoração a Deus» e, consequentemente, os planos que para nós têm incluem este fim último.

Ou seja, na nossa cultura ocidental esta é a versão normal ou tradicional na qual enquadramos as Entidades na coabitação da existência connosco. Contudo, se formos ler esta mesma história no contexto Grego original, ou no contexto Egípcio original, ou no contexto Extremo Asiático, ou no contexto Indo-Americano, ou mesmo no contexto do Médio Oriente, encontramos similitudes ao mesmo tempo grandes diferenças.

A nossa explicação «Ocidental» para este facto deriva em última análise de uma explicação «Religiosa» que apesar das mutações tem toda a sua explicação no povo Hebraico e no início da Tradição Religiosa Hebraica.

Se me perguntarem, pessoalmente essa narrativa de explicação das «Entidades», na verdade não têm como fim último «explicá-las», mas somente o de ASSUSTAR as pessoas em ordem a serem mais facilmente MANIPULADAS pela Religião Ocidental.

Apesar de reconhecer que este tema precisa até da minha parte maior esclarecimento por agora vou sintetizar nos seguintes pontos: que as entidades têm para alguns de nós certos planos isso parece assim ser, que esses planos são insondáveis para nós também me parece assim ser.
Mas, que apesar disso, NÓS NÃO ESTAMOS CONDENADOS AOS SEUS PLANOS, isto porque: AS ENTIDADES TÊM LIMITES e A EXISTÊNCIA NÃO ESTÁ PREVIAMENTE DETERMINADA, ou seja, NÓS POSSUÍMOS O LIVRE-ARBÍTRIO. Sendo que deste último ponto, o livre-arbítrio é um dos principais pontos pelo qual qualquer Magia, inclusive a da Amarração pode falhar. Em última instância as ENTIDADES NADA PODEM EM NÓS SE DISSERMOS VEEMENTE NÃO ÀS SUAS INSÍDIAS.

Para finalizar, com isto queria dizer que as pessoas para as quais as Entidades têm planos, nenhuma Magia que tentamos lançar sobre elas que vá em direção oposta ao planos das Entidades irá resultar.

Consequentemente, e resultado disso, algumas pessoas são Vocacionadas ou para as seguir, ou para serem Magos, ou para fazerem algo que elas pretendam. Aos Vocacionados não são concedidos trabalhos que resultem se de alguma forma esse trabalho comprometer ou for em direcção oposta do plano das Entidades.

Por último, recordo que esses mesmos planos não estão determinados que resultem, eles podem não funcionar se apesar das suas insídias decidirmos em livre-consciência dizer que não.


(6.) Quando o Alvo sofre de algum problema ou desordem mental e psicológica;


Em verdade este tema devia de ter sido inserido no post sobre o alvo, mas eu preferi enquadrá-lo nos casos especiais.

Regra geral, nunca se deve lançar uma Amarração sobre um Alvo que tenha problemas mentais e psicológicos, pois a coisa pode simplesmente não funcionar. A Entidade para trabalhar bem sobre um Alvo precisa que este esteja mentalmente e psicológicamente saudável. Ao contrário do que se pensa as pessoas com problemas psicológicos e mentais não são mais influenciáveis às Entidades. Mas, bem antes pelo contrário, podem se tornar altamente imprevisíveis.

Além disso, e em regra geral, deve-se excluir sempre a realização de uma Amarração se o Alvo não é Mentalmente ou Psicologicamente São. 


(7.) Quando ou o Alvo ou Comendador se encontram numa situação muito rara;


Dentro desta categoria, vou colocar os casos muito mas muito raros que podem acontecer e que de certa maneira podem estar relacionados com os pontos anteriores.

Um destes casos, pode acontecer quando um obstáculo à relação do tipo (3.), é lançado pessoalmente por um outro Mago(a).

Conheço um caso em que uma Pessoa A estando unida a uma Pessoa B, viu o seu amado ser separado dela por Magia Negra e com a mesma Magia a Pessoa C amarrou-se à Pessoa B, sendo o raro deste caso que a Pessoa C é um Mago(a) tendo um pacto Tácito.

A tentativa de resolução de um caso raro deste tipo é que a Pessoa A através de um pacto Parcial consiga libertar a Pessoa B daquilo que foi sujeita, visto que o pacto Parcial da Pessoa A está explicitamente dirigido a conseguir esse fim, enquanto que o pacto Tácito da Pessoa C não está dirigido a esse fim(nem pode estar), e apenas a Pessoa C dele usou para realizar o que era necessário ao Desmancho e à consequente Amarração, e para isso não deu equivalente à pessoa A. Mas a pessoa A também tem a desvantagem de não ter um pacto Tácito coisa que pode também dar mais influência à Pessoa C.

Por isso este é um tipo de caso 50-50%.

(8.) Quando é «Sem Causa Procedente»

Este é aquele tipo de casos que pode ser de origem de alguns dos pontos anteriores mas do qual não se conhece a procedência da causa do porquê da Amarração não funcionar.

O meu mestre designava-os por «Sem Causa Procedente», uma designação Renascentista para casos nos quais parecia não haver «Causa Procedente» que levasse um caso a não resultar, ou a resultar de modo oposto ao pretendido. Estes casos são no entanto muito mas muito raros.

Este tipo de casos aplica-se a toda e a qualquer Magia.


Este post já vai longo, no próximo irei continuar a abordar a relação entre as Entidades e Nós.


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