16.2.13

Amarração ou Amarrações : Feitiço e Magia do Amor - Tudo aquilo que precisa de saber (Parte 10: A 3ª e última Fase do Processo de Amarração - Magia do Amor)

Tendo em mente o conteúdos dos últimos posts, e agora com o conhecimento da 2ª Fase já consolidado, podemos agora abordar a 3ª Fase.

A 3ª Fase eu a chamo de Consolidação, não é tão delicada e importante como a 2ª mas também tem que se lhe diga.

Uma vez estabelecido o contacto entre o Alvo e o Comendador, resta que o vínculo cresça. Este crescimento do vínculo traduz-se pelo movimento do Alvo daquilo que deseja para a relação à luz do trabalho das entidades, para aquilo que vai actualizar na relação com o Comendador.

Como já referi a parte difícil da amarração, é o Alvo mover-se interiormente no seu próprio Eu e fazer com que se torne realidade os desejos que tem vindo a sentir. Os obstáculos e resistências fazem com que a pessoa não dê este importante passo na sua relação com o Comendador.

Por uma questão explicativa vou dividir a 3ª Fase em quatro momentos:
  1. Momento de Alicersar;
  2. Momento da Tomada de Consciência;
  3. Momento da Consolidação;
  4. Momento da Amarração do Vínculo;

1º Momento: Momento de Alicersar

Uma vez com a 2ª Fase realizada no seu último momento e após o contacto entre o Alvo e o Comendador, é bom que as coisas prossigam com calma. Nesta fase nem todos os Alvos reagem de igual forma, mesmo esta explicação é uma generalista, pois como já referi por imensas vezes cada caso é um caso.
O início do 1ª Momento da 3ª Fase é às vezes marcada por algum desânimo por parte dos Comendadores.  Isto porque após o contacto inicial do Alvo, e de forma legítima, os Comendadores ficam logo cheios de expectativas, ansiedade, e querem que aquele primeiro sinal de abertura tenha cada vez maior continuidade. Contudo, as coisas não fluem como os Comendadores desejam.
Após o primeiro contacto os Alvos geralmente dividem-se em 2, e isto também depende de como o Comendador geriu o primeiro contacto pós-amarração:
  1. Alvos fáceis: estes geralmente não passam por uma fase de luto (que mais à frente irei explicar), mas passam por esta fase sem qualquer tipo de desânimo e de perturbação, e deixam-se levar pela corrente do Trabalhos das entidades. São uma minoria, depende também do tipo de trabalho, da força, e principalmente de como o Comendador foi gerindo a situação, estes são aqueles que basicamente se pode dizer que se encontram Enamorados.
  2. Alvos relutantes: estes são geralmente em maioria e são aqueles que passam por uma fase de luto, quando o Comendador dá de mais no primeiro encontro é quase certo que o Alvo passe por uma fase dura de luto e seja mais relutante do que o normal. Muitas vezes os Comendadores vão-se abaixo nesta fase, mas é preciso determinação para não se deixarem contaminar pelo estado de espirito do Alvo.

A fase de luto que os Alvos vêem a experimentar durante o início da 3ª Fase é marcado por um certo arrependimento. Não só começam a libertar a tensão da luta que experimentaram nas fases anteriores, bem como essa libertação da tensão pode gerar arrependimento e luto. Esta é a primeira altura em que os Alvos podem ter consciência de que afinal não ganharam a guerra mas que pela primeira vez perderam a batalha porque foram fracos.

Geralmente as imagens e sensação de domínio que ilusoriamente lhes foram sido dadas caiem nesta fase, onde em regra geral os Alvos vão se recordar do passado recente e vão se até arrepender do primeiro contacto.

Isto em regra geral é difícil de explicar aos Comendadores, muitas vezes acontecem casos em que os Comendadores marcaram com os Alvos um segundo encontro e subitamente vêm o Alvo a mudar por completo a sua atitude.

Vou dar um exemplo que espero poder ajudar a melhor compreender esta etapa. Às vezes as pessoas ou por causa da sua situação familiar ou profissional, ou após um grande esforço da sua parte, cometem algum tipo de excesso para compensar e libertar a tensão, e certas vezes quando passam certos limites arrependem-se e envergonham-se. Recordo-me de quando estudei lá fora, ter tido uma colega que ela era muito determinada na realização dos seus objectivos, uma aluna aplicada e rigorosa, que via-se sofrer por causa das duras metas que colocava sobre si mesma, além da exigência que punha na sua própria pessoa. Ao mesmo tempo não lhe eram conhecidos excessos ou extravagâncias, ela traçava metas e levava-as até ao fim, de certa forma todos nós na altura não temperados como ela invejávamos a sua capacidade de perserverança. Contudo, como se ainda fosse ontem, recordo-me bem da semana em que entregámos as nossas teses. Como éramos poucos, nesse fim-de-semana todo o curso foi sair para celebrar a entrega das teses, e ela quase que se transfigurou-se aos nossos olhos, bebeu em excesso, fumou o que não devia, e acabou por fazer um daqueles tristes espectáculos que infelizmente hoje costumam ser tão frequentes entre os nossos jovens. A verdade, é que possivelmente nos dias seguintes, a vergonha da sua descompressão de tanta pressão vez com que ela tivesse desaparecido, chegámos a pensar o pior, mas felizmente tudo estava bem, exceptuando ela que desenvolveu uma espécie de depressão causada por uma vergonha profunda.

É claro que este exemplo é exagerado com aquilo que experimentam os Alvos, mas creio ser esclarecedor que depois do primeiro contacto a maioria dos Alvos, parece dar um passo atrás e mudar a sua atitude que poderia ter parecido tão radiante ou aberta diante do Comendador.

É importante que durante esta fase de luto, o Comendador volte a evitar o contacto com o Alvo, e mesmo que o Alvo lhe tenha feito alguma desfeita, o Comendador não procure esclarecimentos junto do Alvo. O erro de alguns Comendadores é pressionarem os Alvos. O melhor a fazer é o Alvo viver o seu luto e as entidades fazerem o seu trabalho.

É nesta etapa que as Entidades vão alicerçar o trabalho, e vão criar dentro do alvo as condições para edificarem alicerces sólidos para o que virá a seguir.

Basicamente o que acontece é que nesta altura de luto e de remorsos, as entidades vão contribuir para este Estado de Espírito no Alvo, criando ai a ilusão de que o turbilhão de sentimentos que foram vividos, bem como estes mais recentes resultam do facto de que o Alvo ama mesmo o Comendador, e que no fundo de si sempre nutriu um sentimento especial pelo Comendador, só que nunca se tinha apercebido de tal facto. É claro que isto varia consoante o tipo de trabalho, mas estou a generalizar para melhor se perceber as diferentes etapas.
O crucial a perceber neste 1º Momento da 3ª Fase é que o Alvo deste luto, vai tomar todas estas experiências interiores como sinal de que se encontra apaixonado ou de que no fundo sempre sentiu uma ligação especial para com o Comendador.



2º Momento: Tomada de Consciência

Este é talvez a par da 2ª Fase a etapa mais delicada de toda a Amarração.

Quando o Alvo termina o luto e inadvertidamente vê-se com alicerces fortes não só naquilo que Deseja mas naquilo que está disposto a fazer por si na direcção de actualizar a relação com o Comendador, que o edifício pode colapsar.

Geralmente esta fase inicia-se não só com o término do luto, mas principalmente com um 2º bom contacto entre Alvo e Comendador. Aqui refiro segundo bom contacto, mas isto não é mecânico ou factual, pode antes ter havido vários bons contactos entre Comendador e Alvo, até porque estas fases variam de caso para caso. Mas, regra geral, aquilo a que denomino 2º Bom contacto como a atitude do Alvo para o Comendador similar em parte a uma disposição diferente que o Comendador sentiu na presença do Alvo no 1º contacto.

Aqui o próprio Alvo vai viver dois momentos especiais:

  1. Momento de averiguação: ou seja, se efectivamente aquilo que sentiu no último momento, sugerido pelas Entidades, de que efectivamente sempre nutriu algo especial pelo Comendador, se verifica. Isto é, o Alvo vai querer contactar o Comendador e tirar uma espécie de prova dos nove, verificando se aquilo que sentiu nestes últimos tempos é mesmo assim.
  2. Tomada de consciência: após a averiguação, o comendador vai-se questionar do porquê de estar a viver tudo isto agora. E geralmente traz à memória toda a história da relação, especialmente esta intensidade que muito recentemente se abateu sobre ele. Aqui ele vai seguir um de dois caminhos:
    1. Confia e acredita que tudo isto é legítimo, e uma espécie de revelação sem causa procedente daquilo que sempre esteve adormecido no seu coração;
    2. Desconfia e vai querer aprofundar a legitimidade de tudo isso.

No momento de averiguação é importante que o Comendador pareça natural, e completamente descontraido, o Comendador não pode vir com altas declarações de amor, ou parecer demasiado ansioso. Deve permanecer como sempre foi. Geralmente esta etapa costuma correr bem.

Agora, o grande problema advém do momento de Tomada de Consciência, já vi amarrações fracassarem neste ponto, e algumas pessoas a contactaram-me para saber se tinham sido ou se estavam a ser victimas de algum tipo de Magia sobre elas.

Esta etapa é muito sensível e delicada, é aqui que o Alvo pode perceber que tudo isto é uma ilusão criada pelo Mau Espírito. Geralmente pessoas que crêem nas Entidades, aliado à sua resistência interna conseguem desmascarar toda a trama que sobre elas tem vindo a ser tecida. Se isso acontece pode ser o fim, mas não necessáriamente. Aqui é importante trabalhar com uma boa entidade em ordem a garantir uma certa mestria sobre o Alvo. Ao mesmo tempo um Comendador diligente e empenhado também consegue contribuir para o salvamento da situação.

Agora os leitores podem compreender tudo aquilo que havia explicado sobre a resistência dos Alvos. Esta é o período em que tudo pode ruir, quando tudo estava a ir bem.
Esta fase crítica pode até durar muito tempo como um mês ou dois, a coisa pode parecer que parou aqui, esta é uma fase muito delicada para o Alvo. Por causa disso, é que os leitores podem agora perceber aquilo que vos disse sobre a Resistência do Alvo no que diz respeito à Ascése e Mortificação, aqui os Alvos resistentes, não seguem o que sentem, e conseguem dizer Não aos seus apetites e desejos, porque podem ser atentos o suficiente para perceber que nem todos os nossos desejos e apetites vêm do Bom Espírito.
Mas também como referi nesse mesmo post a maior parte das pessoas, com o evoluir da nossa sociedade pós-contemporânea, estão cada vez menos resistentes, mas de vez em quando lá se vão descobrindo alguns casos.

3ª Momento: Momento da Consolidação

Geralmente os Alvos, acreditam e seguem em frente, quando este pico da montanha é ultrapassada, então os alicerces transformam-se em Solidifacações.

É nesta altura que entramos no 3º Momento o de Consolidação. Agora com os alicerces em ordem, com o Alvo inadvertidamente a ser amarrado na teia, e com a superação das suas desconfianças e temores é altura de começar a consolidar a relação, é nesta altura que mais fácilmente do que outrora o Alvo vai procura actualizar com empenho o desejo de uma relação mais forte, com um vínculo superior. 

Aqui o Comendador já pode começar a esticar-se junto do Alvo, aqui já pode dar tudo. É nesta altura a etapa perfeita para o Comendador abrir o seu coração junto do Alvo. Aqui o importante é permitir com que o Alvo tenha espaço para se empenhar na Actualização da Relação e possa viver um Sonho de Felicidade.

4º Momento: Momento da Amarração do Vínculo

Com a relação alicerçada, solidificada e consolidade, é a altura para o último golpe das Entidades, e o período final da Amarração, é quando os desejos de relação futura chegam ao máximo, e quando a relação e consequentemente o vínculo entre os dois é Actualizado no seu Máximo. E por assim dizer o vínculo está conseguido, e o Alvo encontra-se definitivamente Amarrado ao Comendador.

Para se chegar a este ponto, como os caros leitores tiveram oportunidade de ler, é preciso ultrapassar diferentes fases, lutas, altos e baixos.

O tempo necessário para aqui chegar depende de todas as variáveis que tenho vindo a explicar e a aprofundar, mas pode variar no mínimo dos mínimos 1 Mês e Meio; em média entre 3 a 5 Meses; o caso mais demorado que tive foi um 1 Ano e Meio.

Neste caso mais demorado, tive um Comendador espectacular, que apesar do Alvo ser resistente e a entidade ter sido fraca, soube escrupulosamente seguir as indicações e viu-se ele e eu recompensados quando ao final de tanto tempo conseguiu o pretendido. Quando menos se pensava que a coisa podia não estar a ir, ele sentia o encosto da Entidade nele, e formou uma boa equipa por assim dizer com a Entidade. Foi talvez de todos os casos o que me deixou mais feliz, mais até do que aqueles que são rápidos e onde tudo fica resolvido em pouco tempo.

Este post já vai longo, no próximo vou colocar bibliografia que penso ser útil, assim como responder a questões e aprofundar ainda alguns temas.

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